contato@institutoacqua.org.br

Himaba (ES) implanta grupo de apoio para pacientes com dermatite atópica

01/09/2022

Reuniões, realizadas mensalmente no auditório do Hospital infantil de Vila Velha, acolhem crianças e responsáveis que convivem com a doença, além de compartilharem conteúdos importantes

Como forma de humanizar o atendimento e apoiar pacientes do setor ambulatorial diagnosticados com dermatite atópica moderada e grave – doença crônica que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira -, o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha (ES), implantou iniciativa nacional, desenvolvida pela Associação de Apoio à Dermatite Atópica (AADA), de grupo de apoio para crianças, adolescentes e seus responsáveis, sempre na última segunda-feira do mês, ao meio-dia, no auditório da instituição, atualmente gerenciada pelo Instituto Acqua.

Durante as reuniões mensais, a dermatologista Patricia Abreu e as psicólogas Emelini Stancini, Yara Nunes e Raiara Santos, que estão à frente da iniciativa, abordam diversas temáticas e, em formato lúdico, apresentam conteúdos que estimulam o debate e levam informações importantes sobre a patologia aos participantes.

De acordo com Patricia Abreu, que atua no Himaba há 4 anos e também é membro da AADA, as reuniões tiveram início durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, em formato online, e, desde março deste ano, passaram a ser presenciais. “Essa é uma rede importante de suporte tanto para as crianças diagnosticadas com a doença, quanto para pais e responsáveis que acompanham o tratamento médico. É uma forma de tirarem suas dúvidas, além de sentirem que não estão sozinhas, há pessoas que compartilham dos mesmos sentimentos e angústias. Através desse encontro mensal, cria-se uma proximidade entre os participantes, estimulando a assistência entre eles. O amparo profissional também confere mais segurança e confiança no processo de recuperação dos pacientes”, pontuou.

Coordenadora médica do setor ambulatorial, a pediatra Vanuza Guasti reforçou a importância da atividade para o controle da doença nos pacientes. “Realizar a abordagem do tratamento medicamentoso e a mudança de comportamentos são importantes estratégias para colaborar com o controle da dermatite atópica, já que ela não tem cura. Abrir esse espaço para que eles compartilhem sua evolução é fortalecer o elo entre pessoas que compartilham diariamente sintomas e sentimentos semelhantes, impactando positivamente no fator psicológico de cada um”.

A dermatite atópica – Doença de origem multifatorial, além da coceira, que está sempre presente, também é caracterizada pela pele seca e o aparecimento de lesões na pele. Segundo a AADA, estudos mostram que a incidência da enfermidade tem aumentado nas últimas décadas e, atualmente, afeta de 10 a 15% da população em geral, em alguma época da vida. O início é precoce, aparecendo geralmente no primeiro ano de vida. O prognóstico é favorável na maioria dos casos, sendo que aproximadamente 60% das crianças apresentam diminuição ou desaparecimento completo das lesões antes da puberdade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *