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Hospitais administrados pelo Acqua chegam a 69% de cirurgias eletivas durante a pandemia

19/01/2021

Unidades de saúde foram adaptadas e respeitam novos protocolos, desde março de 2020, para realizar com segurança cirurgias agendadas em meio a pandemia do novo coronavírus

O volume de cirurgias eletivas, aquelas agendadas em caráter não emergencial, foi significativo em 2020 nas unidades com as quais o Instituto Acqua gerencia no Maranhão em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em meio a pandemia da Covid-19, os hospitais realizaram até 69% do fluxo deste tipo de atendimento no ano passado.

“As cirurgias eletivas, em algumas situações, são procedimentos fundamentais para melhorar a qualidade de vida do usuário, como no caso das cirurgias cardíacas, urológicas, entre outras. E em todas as especialidades oferecidas os procedimentos eletivos beneficiam de forma muito importante, devolvendo ao paciente sua capacidade laboral e autoestima”, explicou Edilson Medeiros, diretor geral do Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), em São Luís.

Diante do cenário de pandemia, os pacientes que tinham cirurgias agendadas entre abril e julho tiveram que adiar o procedimento. A SES suspendeu as cirurgias eletivas para garantir leitos aos pacientes internados para o tratamento contra o novo coronavírus. A medida em que houve a diminuição dos casos da doença na rede estadual, as unidades de saúde foram readequadas para garantir o retorno das cirurgias eletivas com segurança e os profissionais passaram por diversos treinamentos.

Entre os protocolos para a retomada dos procedimentos cirúrgicos estão: seguir critérios como a testagem pré-cirúrgica, realizada por meio de testes PCR (Reação de Polimerase em Cadeia, exame que detecta a Covid-19), avaliação de critérios clínicos como a temperatura e os sintomas no ato da internação, cuidados anestésicos, limitação no número de acompanhantes dos pacientes, a organização pré-cirúrgica, a capacitação das equipes, a importância dos equipamentos de proteção individual (EPIs), entre outros.

No Hospital Infantil Dr. Juvêncio Matos, localizado em São Luís, que é referência no atendimento materno-infantil (0 a 14 anos), em 2020 foram realizadas 69% de cirurgias eletivas em relação ao volume de 2019.

No HCM, hospital de referência em atendimentos de Alta Complexidade, as retomadas ocorreram com 50% da capacidade em todas as especialidades no mês de agosto e foi aumentando 25% a cada mês até chegar a média normal de procedimentos.  Com isso, o HCM realizou 65% de cirurgias eletivas em 2020 em relação ao total do ano anterior.

A Maternidade Nossa Senhora da Penha, em São Luís, também realiza cirurgia eletiva e apresentou resultado de 53% de procedimentos em 2020 em relação a 2019.

Trabalho redobrado – Nos hospitais do interior do Maranhão o impacto da não realização de cirurgias eletivas também era preocupante. Porém, o Acqua investiu em treinamentos, capacitações e readequações para garantir o atendimento com segurança e retomar os procedimentos.  No Hospital Macrorregional Tomás Martins, em Santa Inês, referência de atendimento para a região que abrange população de cerca de 160 mil pessoas, foram realizadas 62% de cirurgias eletivas em relação ao volume de 2019.

“Mesmo estando em meio a pandemia me senti segura em fazer a cirurgia, porque desde a entrada do hospital até a enfermaria a gente vê o cuidado dos profissionais e as mudanças para evitar a propagação da doença. Se não pudesse fazer ficaria com dor e atrasaria ainda mais o retorno ao trabalho, porque quanto mais adiada a cirurgia mais tardia é a recuperação”, contou a paciente do Hospital Macrorregional Tomás Martins, Maria do Socorro Costa de Oliveira, que estava com problemas graves no ovário e necessitava de uma histerectomia.

Já no Hospital Regional de Balsas, em Balsas, foram realizadas cerca de 43% de cirurgias eletivas em relação ao total de 2019 e no Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago, em Pinheiro, o volume mantido desses procedimentos foi de 26%. Vale lembrar que estas são unidades de saúde referências para atendimento dos casos de Covid-19, utilizando a maioria dos leitos e das alas para os pacientes em tratamento contra o novo coronavírus.

“Em algumas unidades chegamos a restabelecer as cirurgias eletivas ao patamar de 69% de procedimentos, e em outras, que continuam a ser hospitais de referência ao tratamento da Covid-19, por segurança e para garantir o número de leitos aos pacientes tivemos que manter a redução de eletivas. Consideramos resultados positivos, já que a cada cirurgia eletiva realizada é uma pessoa que consegue evitar com que o quadro de saúde se agrave”, disse o diretor-presidente do Instituto Acqua, Samir Siviero.

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