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Hospital Dr. Carlos Macieira (MA) promove ação de acolhimento e cuidados terapêuticos

30/01/2020

Ação deu enfoque aos acompanhantes e integra as atividades da Comissão de Humanização da unidade de saúde gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES)

Pacientes, acompanhantes e colaboradores dos serviços do Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), na capital maranhense, tiveram um dia de acolhimento, diversão e cuidados terapêuticos nesta quinta-feira (30/01). A ação faz parte das atividades desenvolvidas pela equipe da unidade gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), e que conta com uma Comissão de Humanização formada por profissionais do hospital.

Diariamente, a Comissão de Humanização visita todos os andares do hospital para dialogar e avaliar o andamento do tratamento e a convivência entre pacientes e acompanhantes. “Nós conversamos com os acompanhantes, familiares, porque tem paciente crônico, por exemplo, que está internado a mais tempo e a gente verifica necessidades e apoio, sobretudo emocional, para os acompanhantes. As atividades terapêuticas e lúdicas são planejadas junto com a equipe multiprofissional e o Núcleo de Educação Permanente do hospital, o NEP”, explicou Nubiane Pinheiro, coordenadora do NEP e integrante da Comissão de Humanização.

Nos quarto e quinto andares do hospital, uma equipe oferecia atividades de pintura, desenho, massagem e aplicação de ventosa. Psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais supervisionavam as atividades atentos às necessidades específicas dos pacientes e acompanhantes. A ação teve a parceria de palhaços do grupo voluntário Terapia do Riso.

Gisele Cristina Viégas Reis, terapeuta ocupacional do hospital, fala que as atividades lúdicas contribuem no tratamento porque amenizam sofrimentos e estimulam vários aspectos do paciente. “O cognitivo, a reabilitação, traz uma melhora emocional, distraem a mente do ambiente hospitalar. Eles gostam muito e, pelas cores e expressão, a gente também consegue perceber as emoções e sentimentos, abre para o diálogo”, ressaltou.

A equipe multiprofissional oferece atividades de pintura, artesanato, colagem e reciclagem das 9h às 11h, de segunda a sexta. Concentrada na pintura de uma tulipa, a paciente Elizabeth dos Santos, de Vitória do Mearim, está internada há um mês no hospital. Acompanhante, a filha Ádria dos Santos Matos Marinho, 30 anos, diz que estar ao lado da mãe é uma responsabilidade afetiva.

“A gente se reveza na família e entre amigos para ficar com a minha mãe. Ela é a pessoa mais importante da minha vida e tenho certeza de que ela faria a mesma coisa se fosse o contrário. Acompanhar é uma forma de cuidar também, porque ela se sente mais acolhida e segura em ter alguém conhecido por perto”, disse.

Nas enfermarias, os quartos geralmente mantêm 4 leitos. No leito 56 estão juntos o casal Raimundo Nonato Moraes de Jesus, 59 anos, e a esposa Doralice Alves Barros de Jesus. Ele está internado por problema renal e aguarda cirurgia na coluna. “É muito importante que ela esteja comigo me dando força e fé. É mais um cuidado junto com toda a equipe do hospital”, comentou.

“Não largo dele e fico atenta a tudo, aos horários de medicação, a hora do banho, o passeio, a alimentação. Quando a gente tem um compromisso com alguém é na saúde e na doença”, acrescentou Doralice.

Os dois dividem o quarto com outros três pacientes. No leito 57 está a acompanhante Maria Claudete Alves Moraes, de Cachoeira Grande, que acompanha o marido internado com problemas renais. Ela pontua que a convivência entre eles é harmoniosa.

“A gente vai ajudando um ao outro e acaba virando uma família, entendendo o problema de cada um, respeitando a privacidade também”, explicou Maria Claudete.

A entrada dos acompanhantes no hospital é feita mediante apresentação de documentos pessoais na recepção. Todos recebem crachá de identificação e é obrigatória a presença de acompanhante para a internação do paciente nas enfermarias. A relação entre paciente e acompanhante também é observada pela Comissão de Humanização.

“Existe acompanhante que apresenta necessidades específicas, geralmente emocional e social. Os psicólogos e assistentes sociais contribuem na identificação e diálogo com os acompanhantes. No caso dos pacientes com dificuldade de comunicação são os acompanhantes que mediam o diálogo com a equipe médica”, finalizou Nubiane Pinheiro.

 

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