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Hospital Dr. Carlos Macieira (MA) promove I Encontro de Humanização no Ambiente Hospitalar

19/07/2019

Evento reuniu profissionais que atuam na abordagem inicial ao paciente na unidade de saúde gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES)

A humanização da assistência hospitalar é um dos pilares da saúde pública no Brasil que tem como objetivo aprimorar as relações entre os profissionais de saúde, usuários e a comunidade. No Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), equipamento de saúde gerenciado pelo Instituto Acqua e Secretaria de Estado da Saúde no Maranhão, em São Luís, profissionais da recepção, maqueiros, escriturários e telefonistas participaram, na última quarta-feira (17/07), do I Encontro de Humanização, Prevenção e Promoção de Saúde no Ambiente Hospitalar.

A capacitação é uma das estratégias adotadas para efetivar o programa nacional instituído pelo Ministério da Saúde, como explica Nubiane Pinheiro, coordenadora do Núcleo de Educação Profissional (NEP) do hospital.

“Aqui nós temos uma comissão de humanização com o planejamento de diversas atividades que busquem melhorar essa relação entre assistencialistas e usuários de saúde. Nesse primeiro momento, estamos direcionando a capacitação para os profissionais da ponta, que atendem diretamente os usuários, sobretudos os recepcionistas que primeiro abrem as portas da unidade para o paciente”, disse Nubiane.

Durante o encontro foram abordados temas relacionados aos relacionamentos interpessoais, com a participação da coach Gabriela Nunes, formas de identificação do usuário pelo Núcleo de Segurança do Paciente e pelo Serviço de Controle Hospitalar, além das especificidades e objetivos da atuação da Comissão de Humanização dentro da unidade de saúde.

“Temos aqui na unidade pacientes e acompanhantes LGBT que precisam de acolhimento e um atendimento com especificidades, a partir do que orienta tanto o Ministério da Saúde quanto o Governo do Estado sobre o nome social, e o treinamento também abordou essas questões”, complementou a coordenadora do NEP.

Airton Ferreira, superintendente de Promoção e Educação em Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), abordou o tema do nome social e as identidades de gênero e sexual.

“A sexualidade é um campo muito variado de experiências e identidades. LGBT é a sigla mais utilizada atualmente e se refere aos direitos humanos e políticas públicas de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Existem outras siglas que incluem o comportamento queer, englobando todas as orientações e identidades sem especificar apenas uma delas”, destacou Airton.

Igualdade – O superintendente em Direitos Humanos falou também sobre como deve ser a abordagem do profissional de saúde ao acolher uma pessoa que se reconhece em diversidade sexual. “Primeiro a gente deve perguntar para a pessoa como ela gostaria de ser chamada, que é o nome social. Alguns prontuários já trazem a recomendação do nome social”, explicou.

Outra recomendação foi sobre em qual espaço de internação cabe a uma pessoa transexual (que se identificam com o sexo diferente do seu nascimento). Uma mulher trans e uma travesti devem usar os espaços de enfermaria e banheiros femininos. No caso dos homens trans eles podem optar se preferem usar os espaços masculinos ou femininos. “É muito importante agir com respeito a essas pessoas. O preconceito e ódio aos LGBT’s foi tipificado como crime similar ao racismo no Brasil. Tratar essas pessoas com termos pejorativos ou que desrespeitem os direitos à dignidade da pessoa humana é uma violência. A assistência em saúde de forma humanizada deve sobretudo trabalhar de forma integral a saúde dessas pessoas”, reiterou Airton Ferreira.

O diretor-administrativo do HCM, Otávio Ferreira, lembrou que assim como hoje problematizamos e combatemos a escravidão e não permitimos a continuidade de práticas de racismo, a homossexualidade foi banida nos anos 70 como sinônimo de doença, após a retirada do sufixo “ismo” do termo.

“Sabemos que muitas pessoas ainda têm práticas preconceituosas por desinformação. Desse modo, nosso papel é acolher a todos com igualdade e respeito”, pontuou Otávio.

Em casos de denúncias sobre maus tratos às pessoas LGBT, a ouvidoria do hospital é um suporte para notificações e também o Disque 100.

Um comentário em “Hospital Dr. Carlos Macieira (MA) promove I Encontro de Humanização no Ambiente Hospitalar”

  1. Dórite Vieira disse:

    Parabéns a equipe escolheram ótimo tema.

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