Hospital Dr. Carlos Macieira (MA) promove roda de conversa sobre violência contra o idoso
14/06/2019
Atividade foi realizada em alusão ao mês de combate à violência contra o idoso; pacientes, acompanhantes, colaboradores e acadêmicos participaram do diálogo
O Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís (MA), promoveu na última quinta-feira (13/06) roda de conversa para abordar a violência contra o idoso. Pacientes, acompanhantes, colaboradores e acadêmicos participaram do diálogo. A unidade é gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Nubiana Pinheiro, enfermeira do Núcleo de Educação Permanente (NEP), explicou a importância da roda de conversa. “Temos um quantitativo significativo de idosos na unidade, por isso é importante conscientizar a pessoa idosa dos direitos a ela inerentes, bem como conscientizar sobre a prevenção de abusos e violências”, comentou.
Durante a conversa, a médica geriatra Jaciara do Nascimento Serra abordou as várias situações que podem ser caracterizadas como violências e pontuou algumas. Além da violência física, psicológica, financeira, social, negligências e abandono, a especialista destacou formas de violência simbólica, estrutural e institucional.
A médica pontuou ainda a relevância da realização de eventos desta natureza em uma unidade de saúde. “Iniciativas como essa são muito importantes. Uma das formas de combater a violência é a prevenção, o conhecimento. Por isso, eventos como esse fortalecem o debate”, ressaltou.
Em relação aos casos de violência contra a pessoa idosa no Maranhão, Jaciara Nascimento explicou que o panorama no estado tem apresentado mudanças positivas. Ela atribui essa modificação no cenário à ação conjunta de várias entidades governamentais e não governamentais que integram a Rede de Proteção à Violência contra Idosos.
A geriatra também chamou atenção para o papel dos profissionais de saúde no combate à violação dos direitos dos idosos. “Não podemos nos calar. Profissional de saúde é obrigado, a partir do Estatuto do Idoso, fazer notificação através de uma ficha própria da Secretaria de Saúde. Já qualquer cidadão ou familiar pode realizar a denúncia por meio do Disque 100. As denúncias são anônimas”, concluiu a especialista.
