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Hospital Dr. Carlos Macieira (MA) realiza procedimento pioneiro em paciente cardiopata crônico

25/10/2022

Intervenção que trata a calcificação da artéria foi realizada pela equipe do setor de Hemodinâmica e garantiu a continuidade do tratamento do paciente sem necessidade cirúrgica

Na última sexta-feira (21/10) equipe do Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), em São Luís (MA), realizou o primeiro procedimento de aterectomia rotacional (rotablator) em paciente cardiopata. A intervenção, realizada no setor de Hemodinâica, é menos invasiva e indicada em casos de calcificação da artéria. O paciente João Acácio Vieira Cunha, 65 anos, recebeu alta do hospital na última segunda-feira (24/10). O HCM é gerenciado pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

João apresentou quadro de angina, que gera dor e desconforto no peito causados pelo estreitamento das artérias que conduzem o sangue ao coração. O paciente não respondeu ao tratamento por medicamentos e fez cateterismo, quando foi identificada a obstrução da artéria coronariana devido calcificação das placas. “Geralmente, o procedimento nesses casos é a inclusão de stents (pequenos tubos) que evitam o entupimento das artérias. No caso desse paciente, ele apresentou a calcificação das placas e precisamos primeiro retirar o cálcio com uso do rotablator para conseguir implantar o stent”, explicou Mauro Fonseca, coordenador do serviço de cardiologia intervencionista do hospital.

Por ser a primeira intervenção de aterectomia rotacional a equipe foi acompanhada por um cardiologista intervencionista da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, o médico Evandro Martins, que ressaltou a importância do procedimento para o tratamento de pacientes cardiopatas. “Hoje os pacientes com maior comorbidade ou idosos têm a opção de procedimentos menos invasivos, com uso de tecnologia avançada. Em comparação com a cirurgia tradicional, a ponte de safena, a recuperação nestes casos é bem mais rápida, sem risco de infecção, com acesso mínimo por meio de um furo na perna ou no punho e anestesia mais leve”, explica.

O procedimento é um debridamento com uso de ogiva (broca) que raspa o cálcio da artéria, introduz um balão para insuflar o vaso e instalar o stent. O setor de Hemodinâmica dispõe de duas máquinas de angioplastia de última geração. “Todo o procedimento é guiado pela tela. É como se estivéssemos fazendo uso de raio-X contínuo com a observação da artéria pela TV”, ressaltou Evandro Martins.

O Hospital Dr. Carlos Macieira é referência em alta complexidade e o setor de Hemodinâmica já realizou mais de 5 mil procedimentos de angioplastia, funcionando 24 horas, com equipe de médicos, enfermeiros e técnicos especializados em cardiologia.

 

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