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Hospital Regional de Balsas (MA) realiza ação pela campanha Outubro Verde

29/10/2019

Atividade sensibilizou as gestantes atendidas pelo hospital sobre prevenção contra a sífilis congênita; a unidade é gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES)

As gestantes da Rede de Atenção Primária em Saúde do município de Balsas, no Maranhão, que integram o circuito de palestras do Hospital Regional de Balsas, participaram, na última quinta-feira (24/10), de roda de conversa sobre os cuidados e prevenção à sífilis congênita em alusão à campanha Outubro Verde.

“A sífilis congênita é uma infecção sexualmente transmissível grave, e uma das ações do hospital é a prevenção e o combate à doença. É uma campanha, de certo modo, complementar ao outubro rosa no que diz respeito ao autocuidado. Trazer a temática do Outubro Verde desperta curiosidade entre as pessoas e, com isso, trazemos para o debate um outro problema de saúde pública muito importante”, explicou Madaisa de Sousa, coordenadora de enfermagem do Hospital Regional de Balsas.
Gerenciado pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão, o Hospital Regional de Balsas atende quinzenalmente a 15 gestantes que integram a Rede de Atenção Primária em Saúde do Município de Balsas. De janeiro a julho deste ano, mais de 1.600 partos já foram realizados no hospital. A unidade de saúde é referenciada como maternidade para as gestantes que realizam o pré-natal na atenção básica.
A roda de conversa contou com a participação de 15 gestantes das unidade básicas de saúde das comunidades Flora Rica e Açucena, em Balsas. O tema foi conduzido pelas enfermeiras Patrícia Almeida e Samara Lima, que integram, respectivamente, o Núcleo de Epidemiologia e o Núcleo de Segurança do Paciente no hospital. Elas apresentaram os riscos da transmissão vertical (que é a transmissão da infecção da mãe para o bebê), além de alertar sobre a importância da adesão ao tratamento, caso a paciente seja diagnosticada com a doença.
Prevenção e tratamento – O Ministério da Saúde orienta as unidades de saúde a cumprirem os protocolos de atendimento às gestantes, que inclui desde o pré-natal a verificação por meio de exames de diagnósticos de doenças e infecções, dentre elas a sífilis. O Hospital Regional de Balsas tem conseguido reduzir os índices de sífilis congênita. De março a junho deste ano, 10 gestantes e 25 recém-nascidos foram diagnosticados com a doença na unidade.
As gestantes atendidas no hospital têm direito ao teste rápido para o vírus da imunodeficiência humana (HIV, sigla em inglês) e sífilis. Caso ela seja diagnosticada, o tratamento é feito no próprio hospital. “No caso das gestantes, elas recebem o medicamento e são acompanhadas durante o tratamento. Já os recém-nascidos expostos à infecção passam por uma sistemática rotina de exames, que inclui a sorologia, hemograma, RX de ossos longos e USG transfontanela, se for o caso, tudo para identificar se houve contaminação ou não. Os casos confirmados são tratados com antibióticos durante 10 dias até alta”, complementou Madaisa.
Sobre a campanha – O Ministério da Saúde assinou, em 2016, carta de compromisso com 19 associações e conselhos de saúde estabelecendo ações estratégicas para redução da sífilis congênita no país. O foco da campanha é detectar precocemente a doença no início do pré-natal e encaminhar imediato tratamento com penicilina. O protocolo de ações do ministério foi formulado em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS), que define como meta a redução na incidência da doença a valores menores ou iguais a um caso por mil nascidos vivos (NV).
A detecção da sífilis é feita por meio de testes rápidos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Para as gestantes, a indicação da realização dos testes rápidos é feita já na primeira consulta do pré-natal, daí a importância da conscientização de mães e seus parceiros, para iniciar o pré-natal ainda no primeiro trimestre da gravidez.

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