Maternidade Benedito Leite (MA) realiza ação para sensibilizar sobre teste do pezinho
06/06/2020
Objetivo do exame é diagnosticar de forma precoce doenças que causam complicações graves; exame é ofertado de forma gratuita na rede pública de saúde
Neste sábado, 6 de junho, é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. Para marcar a data, a Maternidade Benedito Leite, em São Luís (MA), realizou ação de sensibilização sobre a importância da realização do exame. Puérperas do Alojamento Conjunto (Alcon) receberam orientações sobre os principais benefícios da realização do exame nos primeiros dias de vida do recém-nascido. O exame é utilizado para diagnosticar de forma precoce doenças que causam complicações grave. A coleta do material é realizada gratuitamente nas maternidades sob gestão do Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e faz parte da política do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A coleta na maternidade Benedito Leite é feita de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde e Programa Nacional de Triagem Neonatal. Coletamos no terceiro dia de vida, no dia da alta, sendo a mãe orientada sobre a importância de vir receber o resultado com 15 dias para apresentar ao pediatra”, explicou Kelma Lucena, coordenadora de enfermagem.
O material após coletado é encaminhado para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde é realizado processo de análise. Os resultados são direcionados para a maternidade, que entrega às mães. Antes, o resultado era enviado no período de 30 dias. A redução do tempo de entrega do resultado para 15 dias favorece a identificação precoce de alguma patologia e condução de forma necessária pela equipe de pediatria.
“O teste do pezinho consiste no rastreamento de doenças no período neonatal, tornando-se possível o diagnóstico precoce de diversas doenças e a prevenção de sequelas graves. Ele deve ser realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida e o resultado encaminhado ao pediatra para avaliar e tomar as medidas necessárias caso haja alguma doença evidenciada”, comentou a pediatra Fátima Calderoni.
O exame ajuda a detectar doenças importantes que podem prejudicar o desenvolvimento dos bebês, entre elas, a fenilcetonúria. Uma criança diagnosticada com a doença, ao ingerir alimentos que possuem a substância chamada fenilalanina, tem intoxicação no cérebro e ao longo do tempo desenvolve deficiência intelectual. A substância é encontrada em carne, trigo e soja. Nestes casos, a recomendação médica é que os alimentos sejam retirados da dieta da criança.
Além da fenilcetonúria, o teste diagnostica hipotireoidismo congênito – quem não produz hormônio da tireoide e tem atraso no crescimento -, hiperplasia adrenal congênita (que causa o não funcionamento das glândulas acima dos rins e prejudica de cortisol), deficiência da biotinidase (organismo não processa corretamente os alimentos), fibrose cística (causa infecções respiratórias e gastrointestinais) e hemoglobinopatias (doenças que afetam o sangue).
Ação simbólica – Durante a ação de sensibilização, a enfermeira Pricilla Santos Sousa, do Núcleo de Educação Permanente, entregou bombons personalizados e conversou em cada enfermaria com as mães e os acompanhantes. “Expliquei como o teste é realizado e como ele ajuda a detectar doenças genéticas raras e graves. Reforcei que é um teste rápido e gratuito em todo o País”, finalizou.
