Maternidade Nossa Senhora da Penha (MA) implanta protocolos inovadores de proteção contra infecções hospitalares

08/09/2021

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) implantou três programas de gerenciamento de resíduos; unidade de saúde é gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES)

Na última semana, três novos protocolos de prevenção de infecções hospitalares foram implantados na Maternidade Nossa Senhora da Penha, em São Luís (MA), com objetivo de garantir a melhoria do gerenciamento dos resíduos e promover maior segurança da saúde de pacientes, usuários e colaboradores da unidade. Os documentos integram o planejamento de ações da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da maternidade.

Mônica Elinor Alves Gama é a médica que coordena as ações da comissão na maternidade. Os três protocolos implantados foram: Programa de Gerenciamento do Uso Racional de Antimicrobianos (PGUA), Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS) e Plano de Gerenciamento de Saneantes. De acordo com a coordenadora da CCIH, o uso racional de antimicrobianos é uma iniciativa inovadora em unidades de saúde.

“O PGUA foi regulamentado pela Agência de Vigilância Sanitária em 2017, então é, de certo modo, um programa recente de gerenciamento de resíduos. A Anvisa tem estimulado que as unidades de saúde implantem este programa e poucas unidades conseguiram avançar nessa estratégia. Apenas 50% dos hospitais no Brasil já têm o programa implantado”, informou Mônica Gama.

Este programa é recomendado no enfrentamento da resistência antimicrobiana, principalmente bactérias e fungos que são resistentes à ação de medicamentos. A resistência antimicrobiana aumenta o prolongamento da internação de pacientes e cuidados mais intensivos, o que gera também custos de internação, exames e compra de medicamentos mais caros. Os antimicrobianos, em definição, englobam os antibióticos, antifúngicos e antiparasitários. São medicamentos usados para tratar infecções.

Mônica ressalta que o controle de propagação de bactérias resistentes aos antimicrobianos exige abordagem conjunta com todos os segmentos envolvidos no cuidado à saúde. “O aspecto mais relevante é sobre o uso racional de antimicrobianos. O programa prevê diversas ações na prescrição, controle do uso e da dispensação de antimicrobianos, vigilância rigorosa dos microorganismos resistentes e de infecções associadas à assistência à saúde dentro da maternidade”, finalizou.

Etapas de implantação – A comissão primeiramente dialoga com a direção da maternidade sobre a composição de comissões. Depois, é emitida uma portaria que institucionaliza o programa. Uma ata institucional valida as equipes que vão atuar na execução do programa e são elaborados documentos, normativas e aprovação em reunião colegiada. Após implantação, a rotina da equipe inclui reuniões sistemáticas de planejamento e redimensionamento dos planos, com agenda de treinamentos e capacitações dos profissionais.