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Profissionais do Hospital Regional de Balsas (MA) debatem hepatites virais 

29/07/2019

Atividade integrou mês escolhido para falar sobre a importância da prevenção contra as hepatites virais; hospital é gerenciado pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão

Para orientar os profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento das hepatites virais, o Hospital Regional de Balsas, em Balsas (MA), realizou em 26 de julho roda de conversa com a participação da enfermeira Maristela Campos Sousa, da Coordenação de Vigilância Epidemiológica do município. A atividade marcou a campanha Julho Amarelo, que integra o mês de combate às hepatites virais instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Com o tema “Diagnóstico precoce é o primeiro passo para a cura”, o diálogo esclareceu dúvidas e abordagens na prevenção dos profissionais. De acordo com a coordenadora de enfermagem do hospital, Madaisa Pereira de Sousa, a atividade teve o caráter de mobilização e conscientização de quem atua dentro da unidade.

“Já recebemos na Unidade de Terapia Intensiva alguns pacientes diagnosticados com hepatites A e B, embora o hospital não seja referência no tratamento destas doenças. A palestra foi direcionada mais para os cuidados que os profissionais da assistência devem ter na prática, com relação ao uso de equipamentos de proteção individual, o cuidado com material contaminado, além da atualização das carteiras de vacina”, disse Madaisa Sousa.

O Hospital Regional de Balsas é gerenciado pelo Instituto Acqua e Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão. A unidade recebe pacientes de 14 municípios da região Sul do estado. Segundo dados da SES, entre 2007 e dezembro de 2018, foram confirmados 9.021 casos de hepatites virais (HV) no Maranhão. Na avaliação dos dados, a incidência de Hepatite A vem diminuindo devido ao acesso a saneamento básico, porém, as hepatites B e C cresceram devido ao não uso do preservativo nas relações sexuais.

Sobre a doença – A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas. Somente com exames de sangue específicos é possível confirmar a doença. Quando aparecem sintomas, são sempre os mesmos: febre, cansaço, fadiga, vômitos, pele e olhos marejados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existe, ainda, o vírus D, mais frequente na Região Norte do Brasil e que para causar infecção precisa da presença do vírus tipo B (HBV). Muitas pessoas são portadoras do vírus B ou C e não sabem.

A Hepatite E é relatada esporadicamente no Brasil. Assim como a Hepatite A, sua transmissão é oral-fecal e as formas de prevenção são semelhantes. Esse tipo pode afetar rebanhos de suínos e os cuidados com o consumo de água tratada e o bom cozimento dos alimentos, principalmente carne de porco, são essenciais para a prevenção desta infecção.

Especificamente, para as Hepatites B e C é recomendado não ter contato direto com sangue de outras pessoas e não compartilhar materiais perfurantes (barbeadores, navalhas, alicates de unha e outros utensílios de manicure e pedicure). Também é contraindicado reutilizar materiais para tatuagem e piercing. Além disso, usar sempre camisinha e para as gestantes a obrigatoriedade do teste durante o pré-natal.

Para saber se possui ou não alguma destas doenças, a pessoa precisa realizar o teste rápido, disponível em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS). O resultado sai em até 30 minutos.

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