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Ambulatório Follow-up garante acompanhamento de prematuros em unidades do Acqua no Maranhão

19/04/2019

Serviço é indicado às crianças nascidas prematuras ou com baixo peso e está presente em quatro unidades de saúde sob gestão Acqua
 
Nos corredores da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, a MACMA, o pequeno Ariel Leonardo Nava, 2 anos e 8 meses, conquista atenção de quem passa pela expressividade e alegria nas visitas à unidade, a cada trimestre. O retorno à maternidade onde nasceu, em julho de 2016, faz parte do acompanhamento em saúde no ambulatório de seguimento, conhecido como ‘Follow-up’, indicado aos bebês nascidos prematuros ou com baixo peso.

No Maranhão, o serviço está disponível também no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, no Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar) e no Hospital Regional de Balsas – todas unidades gerenciadas pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os ambulatórios de seguimento surgiram pela necessidade de diagnóstico precoce de problemas de saúde no bebê prematuro, com objetivo de garantir uma intervenção eficiente em tempo mais breve, além de ser uma estratégia de melhoria da atenção à saúde e prognóstico dos bebês. 

“Follow-up é o ambulatório de seguimento para as crianças que passaram por UTI Neonatal com prematuridade e baixo peso nas maternidades. Existe um protocolo de acompanhamento do desenvolvimento do bebê até os 7 anos de idade. Ele passa a ser acompanhado por equipe multidisciplinar. Caso precise de atendimento com especialista que não tem na MACMA, a criança é direcionada para o Hospital Juvêncio Mattos”, explicou Dayse Rosa Araújo Reis, enfermeira do ambulatório de Follow-Up na MACMA.

O parto antecipado de Ariel ocorreu por problemas na gestação. “Eu descobri que estava grávida no segundo mês da gestação. Com quatro meses, fiquei doente com o Zyka Vírus e tomei a medicação. Depois tive raiva e a bolsa estourou. Como ele nasceu prematuro, eu fiquei internada por 7 dias e ele por 4 meses e, desde então, a gente sempre retorna aqui para a maternidade”, disse Ariele Carine dos Santos, 22 anos, mãe de Ariel.

Na emergência da unidade, exames constataram que o bebê estava com batimentos cardíacos lentos e foi necessário o parto cesariano. Ele nasceu aos 6 meses, no dia 19 de julho de 2016, pesando 1,260kg, e permaneceu na UTI Neonatal até o dia 30 de agosto do mesmo ano. Depois, foi transferido para a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) para ganhar peso. Após 4 meses, teve alta ao atingir 1,820kg. A primeira consulta no ambulatório foi no dia 20 de dezembro daquele ano.

Além da prematuridade, o menino tem suspeita de cardiopatia e distensão abdominal, diagnóstico de “dilatação ventricular direita e esquerda da cabeça” e aumento do perímetro encefálico observado pela neuropediatria. O protocolo de atendimento no ambulatório orienta a primeira consulta de 7 a 10 dias após a alta, com revisões mensais até 6 meses de idade corrigida, revisões bimestrais ou trimestrais dos 6 meses aos 12 meses de idade corrigida, revisões trimestrais entre 13 e 24 meses, revisões semestrais de 2 a 4 anos de idade cronológica e revisões anuais dos 4 anos até a puberdade. 

Atenção ao desenvolvimento – Flávio Eduardo Pereira Lima, fisioterapeuta e supervisor de reabilitação da MACMA, explica que o ambulatório de seguimento também acompanha etapas de reabilitação e estímulos motores e cognitivos.

“Toda criança prematura precisa ser acompanhada na reabilitação. Ela pode ter atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, cognitivo, porque algumas alterações só vão aparecer na evolução do desenvolvimento. Se ela não for estimulada, pode perder inclusive as habilidades já adquiridas. Então, é um trabalho contínuo”, alertou.

Existem crianças que respondem muito bem aos estímulos motores e cognitivos. Aquelas que precisam de acompanhamento especializado são referenciadas para reabilitação no Centro Ninar. A unidade conta com neonatologista, pediatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo.

Números – Em 2018, a Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão registrou uma média de 800 atendimentos mensais no ambulatório de Follow-up. Já o Centro Ninar contabilizou 1.100 atendimentos mensais no mesmo ano.