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Inovações no tratamento de diversas doenças chegam à rede pública de saúde no Maranhão

10/05/2018

Unidades geridas pelo Instituto Acqua em parceria com Governo do Estado garantem eficiência no trabalho por meio da tecnologia

Recursos tecnológicos aliados aos novos conhecimentos científicos propiciaram avanços no diagnóstico e tratamento das doenças. Mas o que até então era visto apenas na rede privada do País começa a chegar à população de baixa renda do Maranhão, Estado em que o Instituto Acqua mantém a gerência de dez unidades de saúde em parceria com o Governo e a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Um dos exemplos que trouxe benefício aos pacientes de São Luís está no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos. A unidade foi a primeira da rede pública do Maranhão a receber o venoscópio, utilizado em pacientes de até sete anos para visualização e acesso à rede venosa de forma eficiente. O aparelho, de fácil manuseio, traz benefícios para os pacientes e profissionais de saúde. Além de reduzir a probabilidade de danos às veias e formação de hematomas, o equipamento reduz os gastos do hospital com materiais descartáveis e aumenta a possibilidade de escolha de veias, principalmente nos pacientes de longo período de tratamento.

A coordenadora de enfermagem do Instituto Acqua no Maranhão, Analamacia Brito, pontua sobre a importância de adquirir equipamentos que somam o profissionalismo da equipe para solucionar casos. “O venoscópio facilita muito a assistência aos pacientes. Essa e outras tecnologias são fundamentais para que os resultados sejam satisfatórios. Ao mesmo tempo, esses investimentos fortalecem o compromisso e respeito que o Acqua e a Secretaria de Estado da Saúde têm com as unidades de saúde no Maranhão”, ressalta.

Para utilizar corretamente o aparelho, profissionais da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (também contemplada com a tecnologia e gerida pelo Acqua) e do Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos participaram de treinamento sobre o funcionamento do venoscópio em crianças atendidas nas duas unidades.

Outra importante ferramenta que serve como reforço a assistência a pacientes recém-nascidos na rede estadual de saúde é o óxido nítrico inalatório. O tratamento está disponível desde o início de setembro do ano passado para bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão e do Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos. O método é de extrema importância para tratar doenças graves relacionadas à hipertensão pulmonar em recém-nascidos (RNs) prematuros.

“Essa tecnologia é o que há de mais moderno no tratamento de RN com hipertensão pulmonar. Seu uso melhora a sobrevida dos pacientes e diminui a mortalidade dos bebês que passam pelas nossas UTIs. O óxido nítrico inalatório tem vantagens em relação a outros medicamentos porque atua como vaso dilatador de forma seletiva, exclusivamente nos pulmões”, explica o médico Edson Cunha, diretor geral da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão.

Com esse tipo de tratamento, o recém-nascido não apresenta queda da pressão arterial média e o fluxo sanguíneo é redirecionado para áreas com melhor circulação. Além desses ganhos, a utilização do óxido nítrico reduz o tempo de internação e aumenta as chances de recuperação. Sua utilização é indicada no pré e pós-operatório sempre com monitorização rigorosa.

Referência em pesquisa – A Casa de Apoio Ninar, braço de atuação do Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar) – também sob gestão compartilhada entre Instituto Acqua e Governo do Estado -, realiza exame especial de retinografia em crianças com microcefalia cujas mães contraíram o Zika Vírus na gravidez. A proposta é adquirir informações precisas que servirão como base para pesquisas de saúde pública sobre a Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZv). O exame é um registro fotográfico do fundo de olho da criança, no qual são avaliados nervo ótico e retina. O retinógrafo usado na Casa de Apoio Ninar tem um campo ampliado de visão para 130 graus e pertence à Universidade Federal do Maranhão (UFMA), parceira no estudo.

Elaine de Paula Fiod Costa, oftalmologista da Casa de Apoio Ninar e especialista em retina, explica que entre 40% e 50% das crianças com microcefalia, independente da causa, apresentam lesões na retina e nervo óptico, que, por sua vez, podem resultar na diminuição da visão ou até mesmo cegueira. Em pacientes com SCZv, o número aumenta para 55%. “Diferente dos adultos, que ficam parados olhando para um foco, as crianças são menos colaborativas. Por isso, esse aparelho é específico para as crianças. Ele faz um filme e, baseado nele, conseguimos as fotos que precisamos para a análise”, explica.