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Maternidades debatem urgências psiquiátricas e depressão pós-parto com profissionais e gestantes em São Luís (MA)

07/02/2018

Ações qualificaram as equipes e orientaram as futuras mães sobre alterações emocionais que surgem com a chegada do bebê

Conhecido como Janeiro Branco, o primeiro mês do ano foi dedicado à conscientização sobre saúde mental e marcado por ações nas Maternidades de Alta Complexidade do Maranhão e Nossa Senhora da Penha, ambas em São Luís (MA). Entre 29 e 30 de janeiro, os profissionais dessas unidades participaram de palestras sobre ‘Urgências Psiquiátricas’ e rodas de gestantes para falar sobre ‘Depressão pós-parto: psicose puerperal’.

Gerenciadas pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, as maternidades possuem perfis distintos de público. A Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão é referência no atendimento de gestantes com classificação de alto risco, enquanto a Maternidade Nossa Senhora da Penha recebe grávidas de risco habitual.

“Essa diferença no perfil de atendimento foi importante para definir os temas abordados em cada unidade. A Maternidade de Alta Complexidade tem, por exemplo, casos de gestantes com histórico de uso de drogas ilícitas. As demais pacientes também têm possibilidade de apresentar psicose puerperal. Assim, as equipes devem estar preparadas para atendê-las”, explicou a enfermeira obstetra e coordenadora de enfermagem do Instituto Acqua no Maranhão, Analamacia Brito.

A palestra nessa unidade teve como tema ‘Urgências Obstétricas’ e foi aberta a todos os funcionários. “Essa abordagem é relevante, porque trouxe esclarecimentos à equipe sobre o manejo das pacientes que dão entrada e apresentam alguma manifestação de caráter psiquiátrico. Todos devem estar preparados para controlar essas situações”, ressaltou Georgina Teixeira, coordenadora de enfermagem da unidade.

Na Maternidade Nossa Senhora da Penha as gestantes participaram de um bate-papo com a equipe de enfermagem. O tema debatido, ‘Depressão pós-parto: psicose puerperal’, representa um desafio para mães, famílias e equipes médicas e, por isso, há necessidade de esclarecimentos para reconhecer e prevenir a doença. “O período do puerpério é delicado. A mulher passa por muitas modificações fisiológicas, que transformam o cotidiano, o corpo e as emoções no curto intervalo de tempo da chegada do bebê”, afirmou a coordenadora de enfermagem da maternidade, Luciana Ferreira.

Na ocasião, as gestantes esclareceram dúvidas e se emocionaram, porque entendem que o nascimento do filho é um momento completamente novo e cheio de tarefas e que a tristeza da mãe, às vezes, não é percebida por amigos e familiares.