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Unidades de saúde do Acqua realizam conscientização sobre DSTs no carnaval

28/02/2019

Blitz educativa com distribuição de preservativos e rodas de conversa levaram informação sobre prevenção às DST’s e IST’s. Programação nas unidades segue até 1º de março

A temporada carnavalesca movimenta as unidades de saúde gerenciadas pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) no Maranhão com atividades lúdicas, rodas de conversa e blitz educativa de prevenção sobre infecções e doenças sexualmente transmissíveis (IST’s e DST’s) direcionadas aos profissionais e pacientes.

Uma roda de conversa sobre medidas preventivas abriu a programação de carnaval nas unidades na quinta-feira (21/2). Enfermeiros e técnicos de saúde das maternidades de Alta Complexidade do Maranhão, Benedito Leite e Nossa Senhora da Penha, todas em São Luís, puderam tirar dúvidas e atualizar procedimentos de atendimento, orientados por técnicos do Programa Estadual de ISTs/HIV/Aids da SES .

“O carnaval é um período de aumento de notificações de doenças transmissíveis pela prática sexual e as campanhas vêm reforçar esse cuidado. Na roda, aproveitamos para dialogar sobre como melhorar práticas de atendimento de forma continuada”, disse Walbenice Coutinho, enfermeira do Núcleo de Educação Continuada da Maternidade de Alta Complexidade.

O diálogo pontuou as diversas estratégias adotadas atualmente pelo Ministério da Saúde sobre a importância da prevenção combinada, a realização do teste rápido para detecção do vírus HIV/Aids e outras abordagens e medidas que devem ser adotadas nos âmbitos individual, comunitário e das instituições de saúde para interromper a contaminação pelo vírus.

A técnica do Programa Estadual de ISTs/HIV/Aids da SES, Sílvia Viana, conta que o diferencial na abordagem está na identificação do comportamento sexual da pessoa, superando estigmas e preconceitos que ainda focam na doença ao invés da vulnerabilidade. “É uma questão de importância social, além da saúde. A epidemia destas doenças pede, dos profissionais, a ressignificação da prática de atendimento, com diálogo para estabelecer um vínculo e a posterior identificação se o usuário integra os grupos mais vulneráveis às infecções sexuais.”

Em maternidades e hospitais infantis, os métodos de prevenção são incluídos no protocolo de atendimento e abordagens clínicas, sobretudo em casos de riscos de contaminação aos profissionais, e os usuários identificados nos grupos sociais orientados sobre a prevenção combinada.

“Existe um protocolo para estes casos que envolvem tanto a paciente ou usuária que já infectada ou os profissionais que podem sofrer um acidente ocupacional e a unidade precisa ter ações de pronto-atendimento nestes casos”, complementou Sílvia.

Prevenção combinada – A prevenção combinada é uma estratégia que vai além do uso de preservativos, por meio da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós Exposição (PEP). Elas consistem no uso de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de adquirir infecções pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) e é indicada após qualquer situação em que exista risco de contágio, como violência sexual, relação sexual desprotegida, acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico). 

Em São Luís, as profilaxias estão disponíveis nas unidades mistas de saúde e unidades de pronto-atendimento (UPA’s).

Conscientização – Na terça-feira (26/2), acompanhantes e pacientes do Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, em São Luís, foram recepcionados por estudantes do curso de enfermagem da Universidade Ceuma, com informações sobre formas de prevenção às DST’s e o uso adequado de preservativos.

“Essas atividades de conscientização são realizadas periodicamente e intensificamos durante o período como o carnaval, quando muitos usuários se tornam mais vulneráveis ao risco destas infecções sexuais”, falou Eliane de Sousa, supervisora de enfermagem do Hospital Juvêncio Mattos.

Com distribuição de preservativos e material informativo sobre as principais infecções e doenças sexualmente transmissíveis, a equipe da unidade percorreu alguns setores e também realizou roda de conversa com acompanhantes de crianças internadas no hospital.

Margarida Lima, 22 anos, paciente da unidade, participou do diálogo e avaliou positivamente a iniciativa. “Muitas mães, sobretudo aquelas que não têm acesso a um posto de saúde, não têm esse tipo de informação e prevenção. Como a minha mãe é técnica de enfermagem, ela sempre me orientou sobre esses cuidados com o corpo e fazer preventivos, não ter vergonha de falar da sexualidade. Ainda assim a gente vê que é alto o número de jovens que ainda são infectadas”, disse.

Mais blitze educativas, rodas de conversa, panfletagem, atividades lúdicas e palestras acontecem simultaneamente nas unidades de saúde do Acqua. A programação prossegue até sexta-feira, 1º de março, com a realização do baile de carnaval no Hospital Macrorregional Tomás Martins, em Santa Inês.