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Centro Ninar (MA) apresenta experiência exitosa entre família de paciente com autismo e psicopedagoga no Encontro de Gestores

11/12/2019

A psicopedagoga Adriana de Carvalho falou do atendimento à família do menino Maécio Lima Sousa e sobre o acolhimento que os dois receberam pela equipe da unidade; em 2019, o Centro Ninar realizou 141.303 atendimentos gerais

Acolhimento é a palavra que define o ano de 2019 para a equipe do Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar), de São Luís (MA). A unidade de saúde gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) apresentou balanço de atendimentos e experiências exitosas na quarta edição do Encontro de Gestores do Instituto Acqua realizado entre os dias 9 e 10 de dezembro, em São Luís.

Em 2019, o Centro Ninar realizou 141.303 atendimentos, entre consultas, diagnósticos, assistência em enfermagem, procedimentos multidisciplinares e serviços de fonoaudiologia. Um dos diferenciais do atendimento está na equipe composta por profissionais com especialidades diversas. No evento, a equipe foi representada pela fisioterapeuta e coordenadora da unidade de saúde, Rachel Sereno, a psicopedagoga Adriana Braga de Carvalho e a psicóloga Katiuscia Barbosa Lima.

“Achamos bastante pertinente o evento trazer o tema da importância do colaborador para podermos contar uma história de superação tanto para os usuários do serviço quanto para a equipe que diariamente aprende a se reinventar”, disse Rachel Sereno.

A família de um dos pacientes acompanhados pelo Centro Ninar, Maécio Lima Sousa, de 4 anos, foi convidada a dar o depoimento de evolução do menino que convive com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Entre as principais características identificáveis no comportamento estão as dificuldades no contato visual, a comunicação verbal, a interação social, além da repetição de alguns movimentos ou na verbalização de palavras ou frases.

“O Maécio teve um desenvolvimento impressionante depois de começar o tratamento no Centro Ninar. A gente tinha dificuldade em conseguir a sociabilidade dele. Ele tinha um comportamento muito mais introspectivo. É um aprendizado constante e que não seria possível se a gente não tivesse o apoio dos profissionais de saúde”, falou Maria Antônia Lima Silva, mãe do menino.

Hoje Maécio está matriculado em uma creche municipal e consegue interagir com abraços e olhares para outras pessoas, superando o mito de que a criança autista não consegue expressar nenhum tipo de emoção.

Uma das profissionais que acompanha diretamente o menino é a psicopedagoga Adriana Braga de Carvalho, 38 anos. Cuidando de outras vidas, ela não imaginava que um dia teria que também ser cuidada. A profissional foi apresentando quadro de alterações emocionais e no comportamento que indicavam depressão.

“Tinha muita vergonha de aceitar que sofria de depressão e ansiedade. A equipe me acolheu de uma forma muito respeitosa e amorosa e tudo isso valorizou mais ainda a minha relação com o trabalho”, pontuou Adriana.

A profissional passou 15 dias afastada e iniciou um tratamento com psiquiatra e psicólogo, além de uso de medicamentos. “Os profissionais de saúde cuidam de outras pessoas, mas também são pessoas com fragilidades como qualquer outro ser humano”, lembrou a psicóloga Katiuscia.

“Entendo que hoje é muito importante falar sobre isso, encarar doenças como depressão do mesmo modo como diabetes e pressão alta, que é preciso se cuidar e é possível ter uma vida normal e funcional”, finalizou Adriana.

Dados de atendimento – O Centro Ninar fica localizado dentro do Complexo Materno-Infantil Dr. Juvêncio Mattos. As consultas são feitas por agendamento e o tratamento é complementado com acompanhamento multiprofissional na Casa de Apoio Ninar. A unidade de saúde atende crianças com síndrome de Down, síndromes raras, paralisia cerebral por anoxia, paralisia cerebral com microcefalia por infecção congênita, incluindo Zika Vírus, rubéola e toxoplasmose.

Em 2019 foram realizados 1.550 atendimentos a pacientes com microcefalia, 38.068 consultas multidisciplinares, 6.374 consultas gerais, 15.699 procedimentos de enfermagem, 210 procedimentos médicos, 73.629 procedimentos multidisciplinares, 2.771 diagnóstico de fonoaudiologia e 3.002 serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT).

 

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