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Dia Nacional do Farmacêutico: Farmacêuticas do Himaba (ES) relatam vivências no cotidiano hospitalar

20/01/2023

No Dia Nacional do Farmacêutico, celebrado nesta sexta-feira, 20 de janeiro, profissionais contam suas histórias de amor à profissão e destacam como é atuar no Hospital infantil de Vila Velha; unidade é administrada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)

Neste 20 de janeiro é celebrado o Dia Nacional do Farmacêutico e no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), localizado em Vila Velha (ES), duas farmacêuticas destacam histórias de amor pela profissão, a experiência no cotidiano hospitalar e o impacto que suas atuações têm no desfecho de cura dos pacientes. Unidade é administrada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Formada há 14 anos pela Universidade Vila Velha (UVV) e pós-graduada em farmácia clínica e hospitalar, além de gestão de serviços em saúde, Michelli de Oliveira Mello iniciou trajetória no Himaba há 2 anos como colaboradora da farmácia central. O período de um ano foi suficiente para que viesse a se tornar supervisora de farmácias da instituição, assumindo hoje a posição de gerente de farmácias. A experiência anterior de Michelli foi em farmácia de manipulação, quando percebeu que sua aptidão e gosto eram mesmo para a especialidade clínica. “Por alguns ainda somos vistos apenas como guardadores de estoque, quando na verdade representamos mais do que isso: fiscalizamos desde a entrada dos produtos em depósito até a chegada ao paciente, monitoramos o tratamento, a existência de reações e mais. Precisamos estar sempre em alerta para não confundir letras, nomes. É uma atuação associada ao trabalho das equipes médicas e assistenciais, também extremamente relacionada à preservação da integridade dos pacientes”, explica a gerente.

Foi sob a orientação de Michelli que houve a implantação da iniciativa de farmácia clínica nos setores de UTI Pediátrica e Psiquiatria. A estratégia possibilita a preservação de recursos financeiros e a potencialização de resultados no tratamento, afinal, ela provou que é possível administrar medicamentos mais acessíveis e com a mesma eficácia. De acordo com Michelli, o Himaba consegue reduzir custos em aproximadamente R$ 500 mil reais mensais e a expectativa é realizar a expansão para a UTI Neonatal nos próximos meses. “Nesse processo de reconhecimento e valorização, temos garantido nosso espaço e isso envolve também o respeito da equipe médica, que nos ouve e confia no que propomos. Tudo isso tem um impacto muito significativo no propósito de carreira. Sou muito feliz dentro do que faço, pois sei que é um diferencial na vida das pessoas. Somos impactados por histórias de pacientes diariamente e não medimos esforços para garantir que essas vidas sejam salvas. Já entrei em muitos carros e percorri longas distâncias para buscar medicamentos para atender urgências, alguns bem raros, outros em falta no mercado, mas que buscávamos até encontrar”, lembra a profissional.

Valorização do profissional – Crislayne Moraes de Souza, por sua vez, é formada há 1 ano e 4 meses, e atualmente cursa duas pós-graduações: uma em farmácia hospitalar e outra em gestão hospitalar. A história da farmacêutica e seu desenvolvimento profissional estão atrelados ao Himaba: anteriormente, em 2018, estagiou por alguns meses na instituição e foi contratada como auxiliar de farmácia, permanecendo até setembro de 2021. Com a conclusão do curso, foi chamada para exercer a profissão no Pronto Atendimento do Trevo de Alto Lage, em Cariacica. Em Julho de 2022, foi convidada a retornar para o Hospital infantil de Vila Velha com a função de farmacêutica. Desde então, está alocada na Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), no qual pontua essa experiência como diferente da já vivenciada na instituição materno-infantil. “Antes, executava a dispensação de medicamentos, produzia kits e direcionava atenção ao paciente. Hoje, tenho uma outra visão, uma nova prática em que é preciso manter a atenção duplicada”, completa.

Sobre o ramo da farmácia clínica, Crislayne acrescenta: “Vemos um mercado em evolução, com várias frentes de atuação. Depois da pandemia, a percepção é de que o farmacêutico clínico passou a ser mais valorizado por estar inserido – e ser essencial – no processo de cura do paciente. As pessoas estão percebendo aos poucos a real importância do papel desse profissional”.

Dominância feminina – Um fator que desperta a atenção nas farmácias do Himaba é a predominância de profissionais do gênero feminino. Entre os farmacêuticos, por exemplo, são 10 mulheres atuantes ao lado de apenas um homem, entre diaristas e plantonistas. Do ponto de vista da gerente de farmácia, Michelli de Oliveira Mello, essa questão é reflexo do maior senso de cuidado, organização e atenção que as mulheres têm ao realizar determinadas atividades. “Aqui, os profissionais são todos muito competentes, porém observo que elas têm um toque especial para agregar aos processos. Necessitamos do dobro de prudência do desenvolvimento das ações, principalmente na dispensação de medicamentos, e acho que isso ocorre de forma mais natural e potencializada nelas”, explica.

 

Um comentário em “Dia Nacional do Farmacêutico: Farmacêuticas do Himaba (ES) relatam vivências no cotidiano hospitalar”

  1. Bruno Meira disse:

    Parabéns a essas profissionais que tanto nos orgulham, prestam um serviço exemplar e humanitário.
    A alta liderança administrativa do hospital deixo aqui a minha crítica positiva por agregarem além de acreditarem no potencial e implementação de novos processos e multiplicadores de conhecimento através de seus colaboradores.

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