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Hospital de Trauma de João Pessoa (PB) atende quase sete mil pessoas vítimas de quedas no primeiro semestre de 2019

15/07/2019

Referência na Paraíba para casos com fraturas de fêmur, unidade é gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES)

O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa (PB), referência estadual em casos com fraturas de fêmur, registra no primeiro semestre deste ano 6.725 atendimentos a pacientes que sofreram quedas. A unidade de saúde recebe diariamente dezenas de pessoas vítimas desse acidente. Em 2018 foram 13.410 atendimentos no mesmo período. O Instituto Acqua administra o hospital em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) desde o início de julho.

De acordo com o setor de estatística, em 2018 as quedas (incluindo mesma altura e de um nível a outro) contabilizaram 12.786 casos seguidas por quedas de escada (424), andaime (85), árvore (76), ônibus (30) e caminhão (09). Enquanto nestes seis primeiros meses foram: quedas (6.392), escada (223), andaime (32), árvore (40), ônibus (24) e caminhão (14).

Segundo dados da instituição, ano passado a faixa etária 0 a 12 (4.676) liderou os atendimentos de queda, acompanhada por adultos (4.476), idosos (3.646) e adolescentes (612). Em 2019, os adultos (2.392) lideram seguidos por crianças (2.143), idosos (1.901) e adolescentes (289). O setor ainda constatou que em 2018 mulheres (6.723) caíram mais do que os homens (6.687). Em 2019, as pessoas do sexo feminino ainda pontuam mais quedas (3.388) em relação às do sexo masculino (3.337).

O coordenador da ortopedia, Umberto Jansen, acredita que o agravante na queda de idosos está relacionado às comorbidades. “A maioria dos idosos que dão entrada no Hospital de Trauma passam por queda do mesmo nível, os óbitos acontecem por causa do agravamento de outras doenças associadas. Dentre as doenças citadas, as mais comuns são hipertensão arterial, artrose, diabetes mellitus e cardiopatia”, salientou.

Umberto Jansen lembrou que a unidade hospitalar é referência em fratura de fêmur, uma das mais graves em pessoas com 60 anos ou mais. “Por ser o maior osso do corpo humano, esse rompimento pode causar perda da funcionalidade e aumento da mortalidade na população idosa”, concluiu.

A aposentada Francisca Gomes, 65 anos, sofreu uma queda quando varria sua casa, escorregou em um tapete e machucou o fêmur. Sendo levada para o Hospital de Trauma, ficou por algumas horas em observação, realizou exames, mas não foi detectada nenhuma fratura. “Tomei um susto e achei que não conseguiria mais andar de tanta dor, mas graças aos médicos e sorte não tive fratura, estou indo para casa”, pontuou.

Para evitar quedas, Umberto Jansen lembrou algumas medidas de prevenção, como por exemplo evitar tapetes soltos; utilizar escadas e corredores que contam com corrimão nos dois lados; evitar móveis e objetos espalhados pela casa; deixar uma luz acesa à noite para o caso de precisar se levantar; esperar que o ônibus pare completamente para subir ou descer; utilizar sempre a faixa de pedestre e, se necessário, usar bengalas, muletas ou outros instrumentos de apoio.

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