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Hospital Dr. Carlos Macieira (MA) apresenta experiência em gestão na Universidade Federal do Maranhão

02/09/2021

Luís Otávio Campos, diretor-administrativo do hospital, apresentou relato de adequação da gestão hospitalar no contexto da pandemia de Covid-19; unidade de saúde é administrada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES)

Na última terça-feira (31/08), o curso de Hotelaria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) realizou evento online para debater a gestão de hospitais públicos na pandemia de Covid-19. O diretor-administrativo do Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), na capital maranhense, Luís Otávio Campos, apresentou a experiência em gestão da unidade de saúde junto com outros profissionais deste campo de conhecimento. A atividade acadêmica foi mediada pela professora Elza Galvão, como parte integrante da disciplina de Hotelaria Hospitalar.

Além de gestor do hospital, Luís Otávio é egresso do curso de Hotelaria na universidade federal. Graduado em 2009, também se especializou em Gerenciamento de Projetos, Gestão Empresarial e atualmente é mestrando do curso de Ciências Empresariais na Faculdade Fernandes Pessoa, em Portugal. “É sempre um motivo de alegria poder contribuir com os estudos em Hotelaria da universidade que fiz parte. Estou aqui na gestão do Carlos Macieira há três anos e tem sido uma experiência desafiadora”, disse.

Na apresentação, o gestor falou sobre as etapas administrativas e demandas que a pandemia gerou na administração dos recursos do hospital. Serviços diversos como higiene, limpeza e desinfecção de ambientes e rouparia, gerenciamento de resíduos e ações direcionadas à hospitalidade e humanização foram fundamentais para a garantia de um espaço seguro, por meio de gestão feita com qualidade e foco nas pessoas.

Em março de 2020, o hospital recebeu o primeiro paciente com Covid. A partir de então, todo o fluxo foi alterado para dar conta do que viria a ser a crise da pandemia do novo coronavírus, e o Carlos Macieira se tornou a mais importante unidade de saúde no atendimento aos casos de pacientes graves da doença. No início, era a unidade que poderia contribuir para diminuir a mortalidade. O hospital chegou a aumentar para 204 leitos, sendo 110 só de UTI, no pico da pandemia.

O aumento do número de leitos gerou demanda de urgência na gestão. Foi organizado um gabinete de crise para buscar soluções emergenciais em diversos departamentos: enxoval, transporte, higienização, lavandeira, segurança, recepção, serviço social, coleta de resíduos, nutrição e fluxo de óbitos. “O HCM se tornou o terceiro hospital mais rápido nas respostas à gestão, conseguimos implantar um sistema de envio de boletim diário aos familiares, reforçamos o atendimento na portaria, passamos a utilizar um produto químico (quaternário de amônia) a cada 15 dias para diminuir o risco de contaminação entre os profissionais, dobramos a quantidade de leitos e ampliamos o quantitativo de profissionais”, ressaltou Luís Otávio.

Para o gestor, mais do que recursos financeiros, o trabalho de ampliação e treinamento dos recursos humanos foi fundamental no gerenciamento da crise da pandemia. O fortalecimento da equipe e qualificação do trabalho. “Perdemos mais de 40% de mão de obra do hospital por adoecimento e também sintomas gripais. Tivemos que contratar emergencialmente mais profissionais e todos os setores cresceram de forma exponencial. Com a redução dos casos, diminuição dos leitos Covid, ampliação da vacina, estamos voltando ao fluxo que tínhamos antes, e voltando a atender a mais pacientes de alta complexidade e os serviços ambulatoriais”, finalizou.

O evento contou ainda com os relatos de experiência da gestão do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA), representada pelo administrador Diogo Maciel, e também pela administradora do setor de hotelaria do hospital universitário, Nylciléia de Jesus Pereira.

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