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Hospital Dr. Carlos Macieira (MA) promove capacitação e atualização sobre Covid-19 e Influenza A

05/03/2020

Profissionais das unidades de saúde gerenciadas pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) no Maranhão receberam informações sobre uso de EPI’s, transporte, higienização e definição de casos suspeitos

O auditório do Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), em São Luís (MA), reuniu nesta quinta-feira (05/03) diversos profissionais, diretores e responsáveis pelo atendimento inicial a pacientes das unidades de saúde do Maranhão que são gerenciadas pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para capacitação sobre procedimentos de assistência e medidas preventivas no enfrentamento de doenças respiratórias, incluindo o novo coronavírus (Covid-19) e Influenza A.

Ronaldo Querodia, coordenador-executivo do Instituto Acqua, participou do treinamento e falou aos profissionais de saúde sobre a importância da informação correta e do Sistema Único de Saúde (SUS). “Estamos enfrentando mais um momento alarmista de doenças que estão retornando, como o sarampo, a febre amarela, e as novas doenças respiratórias. Por isso, temos que nos organizar contra a desinformação e o apelo de mídia muito forte em tempos de fake news. Temos um sistema de saúde público, universal, equânime e igualitário que é referência para outros países e precisamos defender a manutenção desse sistema para o enfrentamento de situações como essas. Outra coisa é acolhermos com respeito, sem preconceitos relacionados a estereótipos das populações dos países onde a doença se espalhou”, destacou.

O treinamento foi oferecido pela médica infectologista do Hospital Dr. Carlos Macieira, Giselle Boumann, que abordou aspectos relacionados à identificação precoce do paciente, sinais e sintomas, exames necessários e medidas de controle de infecção intra-hospitalar para proteção de pacientes e profissionais. “A preocupação nesse momento é a identificação correta do paciente. E a primeira medida, por exemplo, é o uso da máscara cirúrgica, que quebra a cadeia de transmissão pela secreção, tosse e espirro no ambiente. Logo em seguida, encaminhar para setor separado ao atendimento médico e avaliação do diagnóstico”, pontuou.

Desde o surgimento do surto do coronavírus, as unidades de saúde vêm se preparando com atualizações sobre protocolo de segurança e prevenção que devem ter os hospitais e postos de saúde que são portas de entrada para pacientes com suspeita do vírus. Referência em atendimento de alta complexidade, o HCM recebe pacientes regulados por outras unidades e está preparado para realizar o tratamento da doença. “Cada unidade de saúde precisa planejar seu próprio protocolo de atendimento, prevenção e tratamento da doença”, ressaltou Giselle Boumann.

Covid-19 – A doença respiratória ainda não está em circulação no território nacional. De acordo com dados apresentados pela infectologista, no Brasil, foram detectados 530 casos suspeitos, 3 confirmados e 315 descartados. A letalidade do vírus é de 3,44% e a maioria em pessoas com mais de 80 anos. Dos 93.090 casos confirmados no mundo, ocorreram 3.198 óbitos.

Entre os países considerados como locais de transmissão do vírus, estão a China, Austrália, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Itália, Alemanha, Irã, Emirados Árabes Unidos, Canadá, Croácia, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Indonésia, Noruega, Reino Unido, San Marino e Suíça.

A Rede Estadual de Saúde do Maranhão possui um plano de contingência, elaborado para lidar com os casos suspeitos e minimizar o avanço da doença, caso haja introdução do vírus no estado. As ações definidas pelo plano orientam os serviços de saúde da rede estadual, que está preparada para o atendimento e em conformidade com as diretrizes nacionais propostas pela Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde – SVS/MS.

O Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

“Os cuidados básicos são os mesmos para a prevenção de outros tipos de doenças respiratórias. O contágio é realizado através do contato das mucosas do nariz, boca e olhos com a secreção de pessoas infectadas, então é importante que as pessoas tenham cuidados com a higienização das mãos, que acaba sendo a principal maneira de prevenir essas infecções”, reforçou a infectologista do HCM.

Para o diretor-geral do Hospital Dr. Carlos Macieira, Edilson Medeiros, os profissionais de saúde devem também ser multiplicadores de informações corretas. “O treinamento de hoje teve um foco prático. Na medida que reforçamos a capacitação das equipes, nós diminuiremos a ansiedade da população e o medo gerado pela desinformação”, finalizou.

 

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