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Maternidade de Alta Complexidade (MA) salva mãe e bebê após descobrir doença rara

22/08/2019

O tratamento de doenças raras, considerado de alta complexidade, é um dos serviços oferecidos na unidade de saúde gerenciada pelo Instituto Acqua e Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão

Púrpura é nome popular de uma doença rara, a Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI). A doença, que tem o vermelho no nome, é um distúrbio autoimune marcado pelo ataque das próprias defesas às plaquetas, células responsáveis pela coagulação do sangue. No dia 9 de agosto, a equipe médica da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, em São Luís, realizou procedimento cirúrgico que salvou a vida da cabeleireira Edinete Francisca dos Santos, 36 anos, assistida na unidade desde o pré-natal. A maternidade é gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

“Já era acompanhada na maternidade pelo pré-natal e não sentia nada, trabalhava normal sem qualquer sintoma e vim para uma consulta de rotina, com 4 meses de gravidez. O médico achou que eu estava com manchas roxas estranhas e pediu exames. Na mesma hora ele avisou que eu precisava internar”, disse Edinete.

Os sintomas da Púrpura nem sempre são comuns: manchas avermelhadas na pele, hematomas que não tenham sido motivados por pancadas, sangramentos espontâneos na gengiva, nas narinas, na urina e nas fezes, e, entre as mulheres, quadro de menstruação intensa. O exame na maternidade constatou que as plaquetas de Edinete não passavam de 16 mil (o ideal é que elas estivessem acima de 140 mil).

A gestante foi internada na maternidade no dia 4 de maio, com 17 semanas e cinco dias de gestação e o diagnóstico de Púrpura Trombocitopênica Idiopática associada a diabetes descompensada e hipertensão gestacional. O tratamento inicial é feito com uso de corticosteróides ou imunoglobulina intravenosa, dependendo de quão baixa está a contagem de plaqueta e quão rapidamente é preciso aumentar os níveis, como explica a enfermeira obstétrica e supervisora do Alcon Rosa, Lilás e EGAR na maternidade, Lícia Araújo Calheiros.

“A doença ocorre quando o sistema imunológico ataca por engano as plaquetas. No caso desta paciente, foi preciso realizar três cirurgias pelo risco de morte da mãe e do bebê, e que incluiu três procedimentos: a cesariana, a laqueadura e a esplenectomia (retirada do baço que é o principal responsável pela destruição plaquetária)”, explicou.
A cirurgia salvou a vida de Edinete e trouxe ao mundo o pequeno Kaleb Miguel, que continua internado na unidade para o acompanhamento com antibióticos e uso de fototerapia devido à prematuridade. Para Edinete a recuperação da saúde foi um milagre.

“Sabia que podia morrer porque meu corpo não respondia bem ao tratamento. Foi difícil para acreditar e eu só queria ir para casa, mas toda equipe me deu muito apoio, as enfermeiras, os médicos, eles foram mostrando que eu precisava confiar, que eu ia conseguir e foi essa vitória que aconteceu”, disse emocionada.

Doença rara – Estima-se que os casos de Púrpura sejam 19 mil no Brasil, a maioria mulheres. O distúrbio autoimune ataca as defesas das plaquetas, células responsáveis pela coagulação do sangue. Embora a causa da doença seja desconhecida, é comum ela começar a se manifestar após infecções como catapora, rubéola e hepatites. Cerca de sete entre dez pessoas com o problema no Brasil são mulheres.

Um comentário em “Maternidade de Alta Complexidade (MA) salva mãe e bebê após descobrir doença rara”

  1. Oslaina disse:

    Deus é maravilhoso
    Senhor abençoe cada vez mais essa família
    Parabéns pelo seu bebê

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