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Mulheres dialogam sobre prevenção ao câncer de mama no Hospital Dr. Carlos Macieira (MA)

08/10/2019

Atividade marcou abertura da programação alusiva à Campanha Outubro Rosa nas unidades de saúde gerenciadas pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) no Maranhão

A prevenção ao câncer de mama foi tema do Chá Rosa promovido pelo Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), na capital maranhense, na última segunda-feira (07/10), para profissionais e usuários da unidade de saúde. A atividade contou com o depoimento da maquiadora Emília Noleto, que está em tratamento oncológico, e da professora de dança Solange Costa, que ofereceu uma aula de dança do ventre.

“Este é um momento de troca, de multiplicar informações, de acolhimento”, falou na abertura da atividade a gerente de enfermagem do HCM, Luciana Braga Nunes. A unidade de saúde gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão organizou uma programação que contará ainda, no dia 17 de outubro, com um dia de atendimentos com mastologista, coleta de preventivo, sessões de maquiagem e limpeza de pele, além de distribuição de informativos sobre prevenção à doença.

Emília Noleto descobriu o câncer em novembro de 2017 ao realizar um autoexame da mama. O estranhamento do próprio corpo transformou-se em medo. “Nunca passou pela minha cabeça vivenciar essa situação. Não fiquei com medo de morrer, meu grande medo era deixar meus filhos, sem saber como eles iam ficar, se seriam amados do jeito como eu os amo”, disse.

Do diagnóstico por biópsia ao tratamento, ela atravessou etapas de exames de mamografia, ultrassonografia e foi encaminhada para a cirurgia de quadrantectomia, que consiste na retirada do setor que contém o tumor, conservando a mama. Emília passou a ser acompanhada por uma mastologista e um oncologista.

Ainda em tratamento, ela já passou por 12 sessões de quimioterapia, mais 25 sessões de quimio “vermelha e branca”, que é uma aplicação mais branda dos medicamentos, além de 25 sessões de radioterapia. Tudo isso somado a mais de 18 vacinas.

“Não é fácil. Ninguém me disse que seria. O resto a gente aprende na caminhada. E tem sido um grande aprendizado descobrir do que eu sou capaz de fazer e suportar. Muita gente não sabia o que dizer para mim, se me abraçava ou se compadecia e por isso eu resolvi criar as redes sociais. Eu acredito na cura”, disse.

Emília resolveu então comunicar a mais mulheres sua batalha na luta contra o câncer, por meio das redes sociais (@emilianoleto). Nos vídeos e postagens, dicas de beleza, cuidados com o corpo e muita mensagem positiva de cada etapa do tratamento.

“O último relato que ouvi foi de uma mulher do Sul do Brasil que me procurou nas redes sociais para gravar uma mensagem para a irmã dela, em tratamento de câncer. Gravei uma mensagem contando sobre a minha batalha, incentivando a continuar e ela sentiu empatia. Isso me fez pensar que está valendo muito colaborar pela luta da vida de outras mulheres no enfrentamento ao câncer”, comentou Emília.

Outubro Rosa – O Chá Rosa do Hospital Dr. Carlos Macieira abriu a programação das atividades da campanha nas unidades de saúde gerenciadas pelo Instituto Acqua no Maranhão. Ao final da conversa com a maquiadora, todas as participantes aproveitaram a oportunidade para aprender um pouco da dança do ventre com a professora Solange Costa.

“Trabalho com dança há 30 anos. A dança do ventre é bem feminina e resgata a autoestima das mulheres. O câncer mexe com tudo, sobretudo o psicológico das pacientes. Os movimentos ajudam a desenvolver algumas musculaturas que ficam comprometidas por conta do tratamento”, esclareceu a professora de dança.

“Foi maravilhoso. Nunca imaginei que pudesse participar de uma dança do ventre. O depoimento da Emília me emocionou e até comecei a fazer o autoexame. A gente vive tão envolvida na rotina dos afazeres e esquecemos de conhecer e investigar o próprio corpo”, disse a estudante de Psicologia, Conceição Martins.

A supervisora de enfermagem do HCM, Andréa Oliveira, também se emocionou durante o chá. “Minha mãe também enfrenta um câncer. Tudo o que ela falou a gente vive na minha família e mudou muita coisa. Somos três mulheres, acima de 30 anos, e já estamos atentas aos exames rotineiramente”, falou.

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