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Palestra sobre hanseníase marca campanha Janeiro Roxo na Policlínica do Idoso (MA)

16/01/2023

Campanha é realizada nas unidades de saúde gerenciadas pelo Instituto Acqua; equipes identificam, orientam e encaminham pacientes ao tratamento adequado

O mês de janeiro também é dedicado a ações de prevenção contra a hanseníase nas unidades de saúde gerenciadas pelo Instituto Acqua. Na última semana, equipe da Policlínica do Idoso, em São Luís (MA), realizou palestra aos pacientes abordando aspectos clínicos da hanseníase com objetivo de orientar a identificação dos casos e formas de tratamento. A ação integra a campanha Janeiro Roxo. A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada por um bacilo que infecta a pele e os nervos periféricos. Ela tem alta taxa de infecção e baixa patogenicidade. O diagnóstico é feito pelo histórico da evolução da lesão e pelo exame físico e pode ser transmitida por secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro.

A palestra foi ministrada pela dermatologista Thamis Gouveia, médica que atende na policlínica. “Aqui na unidade de saúde atendemos semanalmente e realizamos consultas e procedimentos dermatológicos com inclusão de pequenos procedimentos e atendimento ambulatorial. O perfil do nosso público é de pacientes com dermatites, afecções de pele, rastreamento de câncer e alguns com diagnóstico da hanseníase. Com o diagnóstico, ele é notificado e encaminhado para a unidade de referência”, explicou.

Os principais sintomas são manchas avermelhadas, esbranquiçadas ou amarronzadas no corpo, com diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, ao tato e à dor; caroços avermelhados, às vezes doloridos; sensação de choque com fisgadas ao longo dos braços e pernas; áreas com diminuição de pelos e suor; e o engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando a uma perda da força do quinto dedo da mão.
Em 2021 o Maranhão aumentou em 26.58% os casos de notificação de hanseníase. A campanha alerta para o diagnóstico precoce da doença e adesão ao tratamento como estratégia para interromper a cadeia de transmissão, reduzindo o quantitativo de casos. A doença ainda causa estigma e preconceito e é devidamente tratada e tem cura. O tratamento dura entre 6 a 12 meses.

Ana Helena, 62 anos, faz acompanhamento na policlínica em consultas multiprofissionais. “Palestras como essa são muito importantes e esclarecedoras. Na minha família temos um caso emblemático, de ter uma tataravó que teve que ser entregue a um orfanato porque naquele período conviver com essa doença era um estigma muito forte. Então tem uma quebra na minha árvore genealógica. São informações que precisam ser divulgadas na mídia”, relatou.

 

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