Profissionais da Maternidade Nossa Senhora da Penha (MA) participam de capacitação em protocolos de segurança do paciente 

18/09/2019

Atividade integrou programação em alusão ao Dia Mundial da Segurança do Paciente; maternidade é gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão

Enfermeiras e técnicas de enfermagem da Maternidade Nossa Senhora da Penha, em São Luís (MA), participaram, nesta quarta-feira (18/09), de treinamento em estratégias para identificação e notificação dos eventos adversos em unidades de saúde, aplicado pela coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, Adriana Karen Falcão Costa.

A capacitação integrou as atividades relacionadas ao Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrado no dia 17 deste mês, como explica Naiara Jane, coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente da Maternidade Nossa Senhora da Penha.

“A capacitação vem atualizar as informações sobre os protocolos de segurança, os eventos adversos e sobre como devemos proceder nas notificações sobre situações diárias e que vão contribuir na melhoria da assistência e prevenir riscos ao paciente”, falou Naiara.

A unidade, gerenciada pelo Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão, é referência em atendimento ambulatorial, urgência e emergência obstétrica. Realiza, em média, cerca de 150 partos por mês, além de exames, consultas, testes rápidos e procedimentos de triagem neonatal.

De acordo com Adriana Karen Falcão, que também é especialista internacional em qualidade e segurança em saúde do paciente, a cada hora acontecem em torno de seis mortes em decorrência de eventos adversos nas unidades de saúde, segundo dados de 2017 da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ao apresentar dados divulgados em sites especializados e revistas científicas, ela observou que o risco de acidente dentro de um hospital é mais comum do que em lugares de alto perigo, como acidentes aéreos ou alpinismo.

“Existe ainda muita omissão pelos profissionais da saúde por receio de processos legais de julgamento e precisamos ter atenção e coibir essas práticas. Erros médicos afetam de 2 a 14% dos pacientes, segundo pesquisas das instituições especializadas, e as notificações são a base para a melhoria dos serviços e prevenção de riscos às pessoas internadas”, explicou Adriana Karen.

Em formato de linha do tempo, a palestrante apresentou dados e marcos regulatórios que fundamentam os protocolos e normatizam a atividade do Núcleo de Segurança do Paciente, como o marco regulatório do Programa Nacional de Segurança do Paciente, instituído em 1999, os protocolos de segurança do paciente, os riscos, danos desnecessários e o mínimo aceitável em unidades de saúde.

“Estamos em constante revisão e atualização dos protocolos e também com um olhar para a realidade de cada unidade e as vivências. Esses procedimentos devem ser atualizados a cada dois anos por conta das mudanças culturais da instituição, do ambiente hospitalar, do uso de materiais, de algumas técnicas, e o que antes podia ser um hábito ou prática rotineira considerada eficaz pode não ser mais depois de algum tempo”, lembrou a especialista.

Durante o treinamento foram apresentados casos e algumas ocorrências de práticas inadequadas na assistência em saúde, desde a alimentação de uma sonda até a quantidade de administração de medicamentos. A maternidade da Penha tem um núcleo de Segurança do Paciente com o objetivo de promover ações e com representantes de diversos setores da Enfermagem. A unidade de saúde tem promovido cursos e treinamentos ao longo do ano para atualizar informações e garantir melhorias e eficácia na aplicação dos protocolos.

Sobre a data – 17 de setembro é o Dia Mundial de Segurança do Paciente, instituído pela Organização Mundial de Saúde e com adesão do Ministério da Saúde. Este ano, as atividades fazem referência ao tema ‘Fale pela segurança do paciente: ninguém deve sofrer danos no cuidado de saúde’.