Roda de conversa aborda saúde íntima no Hospital Dr. Carlos Macieira (MA)
11/03/2021
Atividade integra a campanha Março Lilás de prevenção ao câncer de colo de útero; hospital é gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES)
Falar de autocuidado envolve questões de atenção com a saúde íntima. Foi com esse propósito que mulheres que trabalham no Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), em São Luís (MA), participaram de roda de conversa sobre o tema, na tarde de terça-feira (09/03), no anexo da unidade gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
A conversa iniciou com a fisioterapeuta do HCM, Tásia Colins, que abordou a questão da sexualidade feminina pelo viés da fisioterapia. As etapas do ciclo vital feminino e fases sexuais, funções musculares do corpo, pélvis e do períneo, principais disfunções sexuais que mulheres são acometidas foram assuntos debatidos.
“O cuidado com a saúde íntima da mulher é um diferencial porque a vagina tem especificidades que são biologicamente naturais. Sempre indico que se relacionar bem com o espelho é muito importante. As mulheres têm que conhecer seu corpo, se relacionar bem com a própria imagem e cada pessoa tem um corpo diferente, tem sua beleza que não precisa ceder aos padrões estéticos”, disse a profissional.
A fisioterapeuta lembrou ainda que muitos problemas de disfunção sexual têm recorrência e associação com algum trauma físico ou uma questão psicológica. O tratamento deve ser sempre multidisciplinar com orientação de psicólogos e nutricionistas.
Prática integrativa – Depois de entenderem melhor sobre o funcionamento do corpo, as participantes da atividade foram convidadas a exercitar uma prática chinesa milenar, o Chi Kung medicinal.
Instrutora da modalidade terapêutica há mais de 10 anos, com formação em Psicologia e Acupuntura, Alanna Pivatto levou a abordagem como forma das mulheres perceberem melhor a consciência corporal que une os aspectos fisiológicos, emocionais e energéticos.
“A medicina tradicional chinesa acredita que todos os seres vivos possuem um campo de energia. Ela não lida com doenças sistêmicas, mas reconhecendo e identificando fatores de desequilíbrio dessa consciência corporal”, explicou.
O Chi Kung exercita o corpo formando três camadas energéticas. Cada uma destas camadas tem origem nos órgãos e podem ser fortalecidas por meio da alimentação, exercícios, orações, repouso adequado e meditações. A terapia combina técnicas respiratórias, movimentos, visualização e intenção, a fim de promover a saúde, longevidade e controle sobre a própria vida.
“As terapias integrativas são usadas como recurso complementar para o tratamento de doenças, inclusas no Sistema Único de Saúde. Mais importante é que cada pessoa desenvolva o hábito do autocuidado por meio de movimentos que promovam o bem-estar e melhor respiração”, finalizou a terapeuta.